Sobre  CORROSÃO  do aço Inox - parte 3/4                          


Diversos processos são utilizados para eliminar ou reduzir a corrosão galvânica.
Como regra geral, deve-se evitar, dentro das possibilidades do projeto e da operação, o contato galvânico entre metais que apresentem grande diferença de potencial eletroquímico. Isso obtém-se pelo uso de materiais isolantes como borracha, pela aplicação de camadas protetoras (tintas, plásticos, etc.), no caso dos instrumentais cirúrgicos, recomendamos o uso de papel de grau  cirúrgico ou campo de tecido de algodão cru duplo.
Outro sistema de medidas consiste na remoção do eletrólito, sobretudo quando de natureza incidental (água de chuva ou de condensação, acúmulos de agentes corrosivos (Como os bactericidas e detergentes utilizados na esterilização).

CORROSÃO ALVEOLAR - Também conhecida como corrosão localizada, consiste num ataque localizado de uma peça por um agente corrosivo. Este tipo de corrosão caracteriza-se por uma penetração do ataque em pontos isolados, que podem eventualmente provocar a perfuração da peça, enquanto as regiões circunvizinhas permanecem praticamente intactas. Um dos casos mais frequentes de corrosão
alveolar ocorre em peças metálicas imersas em água do mar.
As causas da corrosão alveolar são muito diversas e estão geralmente ligadas ao estado de superfície da peça, à aeração, à composição do eletrólito, etc.
A adição de Molibidênio nos aços inoxidáveis austênicos aumenta muito a resistência destes aços à este tipo de corrosão. Recomendamos manter a peça em bom estado de limpeza, com a superfície polida e livre de corpos estranhos aderentes, etc.

CORROSÃO EM FRESTAS - este tipo de corrosão ocorre em frestas, recessos, cavidades e outros espaços confinados onde se acumula um agente corrosivo.
Atribui-se geralmente a corrosão em frestas a uma deficiência de aeração, que não permite a presença de oxigênio suficiente para formar e manter a camada passivadora de óxido de cromo.
A proteção contra a corrosão em frestas consiste principalmente em evitar dentro do possível a criação de espaços confinados, por meio de projeto e construção adequados.

Resistência à corrosão em temperaturas elevadas

A resistência dos aços inoxidáveis à corrosão em temperaturas elevadas é condicionada por uma série de fatores, como o meio circundante, o processo de fabricação da peça ou equipamento, o ciclo de operação, etc.

AR E GASES OXIDANTES EM GERAL - O ataque por gases oxidantes é provavelmente a causa mais frequente de corrosão dos aços inoxidáveis em temperaturas elevadas.
O ataque provoca, a partir de certa temperatura, a formação de uma espessa crosta de óxido. Essa temperatura é fortemente afetada pela composição dos gases presentes.

GASES REDUTORES / SULFURADOS - Afetam de diversos modos e devem ser analisados separadamente :
Oxidantes - São menos nocivos que os redutores , entretanto sua presença produz um abaixamento de 100 a 200 graus © ou mais na temperatura de oxidação dos aços inoxidáveis isentos de níquel ou com baixo teor deste elemento.
Redutores - Esses gases, como por ex. o H2S, são altamente corrosivos, sobretudo para os aços que contém níquel. Por este motivo os aços inoxidáveis austênicos não são recomendados para aplicações que envolvam a presença de gases sulfurados redutores. (Recomendamos observarem a composição dos produtos detergentes ou bactericidas utilizados, principalmente quando submetidos a  altas temperaturas de esterilização, uma vez que recomendamos a completa remoção destes produtos, antes de levar o instrumental à estufa, pelo motivo da emissão de gases oxidantes, devem ser também evitados produtos que modificam sua composição à essas condições, para evitar a corrosão do instrumental).

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